Não basta fazer gols

“Pode contratar sem experiência, é só para alimentar o sistema e as informações irem para a contabilidade“.


Muitas vezes a orientação dos gestores de empresas, ao solicitar para o RH a contratação de um novo funcionário ao departamento financeiro, ocorre dessa forma. É como se o financeiro não tivesse que dar respaldo ou apoiar estrategicamente a direção da empresa.
Na grande maioria das vezes, e com razão, o protagonista das organizações é o departamento comercial, como se quem ali estivesse alocado fosse o centroavante de uma equipe de futebol, responsável pelos gols decisivos do time.


Continuando com analogia ao futebol, do que adiantaria determinada equipe conseguir marcar 10 gols e na mesma partida acabar buscando a bola no fundo das redes 11 vezes? Neste caso o resultado seria de derrota, ou seja, do que adianta a empresa ter um faturamento abundante se o resultado for de prejuízo? Novamente o resultado seria de derrota.


A ilustração anterior serve para exercitar a reflexão da importância dos demais departamentos de uma empresa, como o financeiro em especial. A empresa que utiliza o financeiro apenas para cuidar das contas a receber e contas a pagar está deixando de utilizar uma importante ferramenta estratégica. As contas a receber e a pagar são o básico dentro de um departamento de suma relevância, pois pode auxiliar a gestão tanto no fluxo de caixa, como num demonstrativo de resultado financeiro, na análise de viabilidade no lançamento de um novo produto, ou de uma nova filial, entre outras tantas execuções.


Notório dizer que numa empresa a falta de resultado positivo é morte lenta, já a falta de caixa é morte súbita, e qual setor da empresa tem a possibilidade de evitar este fim? Isso mesmo, o Financeiro. Para que a empresa garanta continuidade sem “tomar muitos gols” é importante investir no financeiro, dando a devida importância e principalmente usufruindo dos resultados que esse departamento pode oferecer no auxílio das tomadas de decisões.