Somos líderes e liderados todos os dias, pois a exemplo lideramos a organização da casa, o grupo da igreja, o grupo de ciclismo; no trabalho somos liderados por diretores, parceiros de negócios. Logo, ser líder e ser liderado é uma eterna gangorra onde oscilamos nestas frentes.
Mas a pergunta é: você líder está preparado? Você liderado se vê um líder?
Na essência, líderes são pessoas que ajudam indivíduos e equipes a caminhar sempre rumo ao futuro com expertise de oferecer segurança e explorar alternativas de melhorias em processos.
Antigamente, o nome que se dava a tripulação de um barco se chamava Companhia; uma expressão originada no latim, da junção cum, pan, ia, que significava “vão com o mesmo pão”, resumindo, aqueles que repartem o pão, pois este era o único alimento cuja validade aguentava longas travessias.
Nestes termos o líder precisa ser companheiro e ter seus liderados como companhia, nesta travessia permanente para o futuro. Cabe ao líder cultivar algumas competências essenciais nesta arte da interação:
Abrir a mente – A exemplo do paraquedas que funciona melhor aberto, o líder deve ficar atento àquilo que muda e estar sempre disposto a aprender. Costumo exemplificar que em 2001 ao ingressar no mundo contábil como estagiária, as ferramentas para se fazer as tarefas eram bastante diferentes das de hoje. As declarações que hoje são enviadas em meio eletrônico via certificação digital, à época eram salvas em disquetes e entregues em meio físico nos órgãos responsáveis. Em pouco mais de 5 anos os disquetes foram substituídos por pen drive, e as máquinas deixaram de vender os drives de leitura dos disquetes, sendo eles eliminados da nossa convivência.
Uma breve recordação ilustrando o quão rápida as mudanças acontecem diante da inércia de nossos olhos, que reforçam a necessidade de mudança e adaptação ao meio. Pois como já dizia Darwin, não é o mais forte que sobrevive e sim o que tiver maior poder de adaptação.
Elevar a equipe – Deixar claro o espírito de mosqueteiro “um por todos e todos por um”, pois a conquista de um líder é sim a conquista da equipe. Pois o maestro dá o tom, mas sem a orquestra alinhada o espetáculo não acontece. Assim todos somos parte de uma grande obra.
Recrear o espírito – As pessoas devem se sentir bem e ter alegria onde estão. Um ambiente amigável e de confiança, assim permite-se RE-CRIAÇÃO. Daí a origem de criar de novo, de outra forma, promover melhorias. Um ambiente seguro onde se permite participação da obra, é sim um ambiente com mais possibilidade de retenção de talentos, pois o senso de orgulho e pertencimento faz querer continuar a prosperar junto com a equipe.
Inovar a obra – Pressupõe a capacidade de buscar novos métodos e soluções, ser capaz de ir adiante. Em mais um exemplo, citamos novamente o certificado digital, que permite assinatura eletrônica com total confiabilidade, tal funcionalidade agiliza inúmeros processo nas empresas, porém no contraponto temos alguns formulários exigidos por instituições que ainda precisam da assinatura manual. Então inovar, melhorar não é a substituição total de rotinas já executadas, mas sim o constante pensar em adaptações, estando sempre preparado quando os caminhos atualizarem seu curso.
Empreender o futuro – Como diz Cortella: “Não nascemos prontos, também não somos inéditos, mas tampouco ilhas”.
Se não nascemos prontos, temos o direito/dever de aprender sempre. Se não somos inéditos, logo outros chegaram antes, e assim temos a oportunidade de viver o ato de compartilhar, pois não somos ilhas, onde em uma troca sempre saímos mais ricos. Não sendo assim inéditos, mas sempre únicos.
Líder/liderado independente do cenário em que estivermos inseridos, não se pode esquecer que cada indivíduo é responsável por estar afinado e disposto a exercer com excelência seu melhor papel, e assim o espetáculo acontece.