Tenho uma ideia! Quero empreender! E agora?

“Quando você acredita em algo, acredite até o fim. Não dê margem para nenhum tipo de dúvida.”

Walt Disney

Tudo começa com um sonho, uma ideia, seja ela boa ou nem tanto. Mas nem esta pode ser simplesmente descartada. Talvez apenas readequada. 

O ato de querer empreender decorre, normalmente, de duas situações: a necessidade financeira e, disso, a busca por uma condição melhor; ou a oportunidade vislumbrada de uma renda realizando o “sonho” de fazer aquilo que realmente gosta ou se interessa. 

A pandemia nos deixou lições de empreendedorismo, decorrentes principalmente em função da necessidade financeira. Surgiram formas de entregas de produtos, serviços que nem imaginávamos que precisávamos, melhoria de atendimentos que só um momento como o que passamos nos ajudaram a compreender que todos podemos melhorar. 

O grande problema que decorre desse primeiro momento de “solução do caos” é que muitas pessoas continuaram a ter como renda apenas o que precisaram inventar ou reinventar para sobreviverem. 

Como foi um momento de solucionar o problema, algumas coisas ficaram de lado, como por exemplo:

•  A regularização dos empreendimentos criados; 

•  O recolhimento de contribuições sociais para benefícios futuros; 

•  A perspectiva ou insegurança na preparação do negócio para sua sustentabilidade, entre outros.

Muitas dúvidas surgem ao empreendedor quando inicia um projeto: insegurança, o medo da quebra, os custos, como vender, como divulgar, tributos, burocracia… 

A necessidade do período pandêmico fez a criação de empresas no Brasil aumentar 25,3%, segundo dados do governo federal, em comparação com os três anos anteriores a 2020. 

No período pós-pandemia, os dados recentes do Sebrae indicam que os pequenos negócios têm maior probabilidade de encerrar suas atividades em até cinco anos, quais sejam:

• 29% de Micro Empreendedores Individuais; 

• 21,6% de Microempresas; 

• 17% de Empresas de Pequeno Porte.

Mas quais são os maiores problemas identificados para que essas empresas não consigam ter sua “vida” mais longa ou por que as pequenas empresas criadas têm sérias dificuldades em crescer? 

Surpreende-se quem pensa que os dados de pesquisas indicariam a “falta de recursos para capital de giro” como a principal causa de encerramento de atividades ou a estagnação do negócio. 

Obviamente que os recursos são importantes, até porque aos pequenos empreendedores o “Caixa da empresa” se mistura à vida pessoal do dono e isso é plenamente aceitável, pois é a sobrevivência dele e sua família.

Porém, pesquisas recentes indicam que fatores como:

• Fragilidade no plano de negócios e planejamento estratégico. Muitos empreendimentos sequer pararam e pensaram seu futuro, o que nos leva a pensar num trem sem os trilhos;

• Falhas na gestão financeira. A falta de uma boa assessoria contábil para demonstrar essas falhas incorre em gastos sem controle na empresa, tributos pagos erroneamente, redução das margens de lucro e futuramente a “quebra”;

• Qualidade do produto ou serviço. Sem a análise se há diferenciais no produto ou serviço e como melhorá-los, há reduzidas chances de crescimento do negócio.

•  Falta de equipe, deixando assim, o empresário com a responsabilidade pela maior parte das atividades;

• Falta de conhecimento do mercado consumidor e do próprio mercado em que está inserido. Sem o conhecimento desses mercados, opta-se por soluções que podem não refletir o que o consumidor está pedindo. Deve-se sempre ouvi-lo e, com pesquisas de satisfação ou procuras em redes sociais, tentar entender o perfil de seus clientes. Eficiência, muitas vezes é mais adequado do que personalização.

• Ausência de processos padronizados. Além de causar problemas na eficiência do negócio, a falta de processos-padrões resulta em desperdícios e aumento de custos.

• Falta de investimentos em tecnologias necessárias: por mais óbvio que seja, é necessário sempre pensar em otimização de recursos e processos. A mecanização ou adequação de tecnologias na maior parte possível, é um ingrediente fundamental para o desenvolvimento adequado.

• Falta de gestão de resultados. Sem o acompanhamento dos resultados, não há como vislumbrar uma gestão eficiente ou a programação do futuro da empresa. É claro que existem diversas formas de acompanhar os resultados da empresa, mas uma boa assessoria contábil facilita bastante.

Como podem ser resolvidos esses pontos? Quais passos seguir?

O empreendedorismo envolve uma série de passos que podem variar dependendo do contexto e do tipo de negócio, mas geralmente segue um processo que inclui os seguintes passos:

1- Identificação de Oportunidade: O primeiro passo é identificar uma oportunidade de negócio. Isso pode ser baseado em uma necessidade não atendida no mercado, uma ideia inovadora, uma paixão pessoal ou uma combinação desses fatores.

2 – Pesquisa de Mercado: Uma vez identificada a oportunidade, é importante conduzir uma pesquisa de mercado para avaliar a viabilidade do negócio. Isso inclui analisar o tamanho do mercado, a concorrência, as tendências do setor e as preferências dos clientes.

3 – Desenvolvimento do Plano de Negócios: O próximo passo é criar um plano de negócios detalhado. Isso inclui definir a visão e missão da empresa, estabelecer metas e estratégias, desenvolver um plano de marketing e criar projeções financeiras.

4 – Captação de Recursos: Para iniciar um negócio, você geralmente precisará de recursos financeiros. Isso pode envolver a busca de investidores, a obtenção de empréstimos ou a utilização de economias pessoais.

5 – Registro da Empresa e Cumprimento de Requisitos Legais: É importante registrar formalmente a sua empresa, obter todas as licenças e autorizações necessárias e cumprir os requisitos legais e regulatórios do seu setor.

6 – Desenvolvimento do Produto ou Serviço: Seu próximo passo é desenvolver o produto ou serviço que você planeja oferecer aos clientes. Isso envolve pesquisa, desenvolvimento, prototipagem e teste.

7 – Marketing e Vendas: Crie estratégias de marketing para promover seu produto ou serviço e desenvolva planos de vendas para alcançar seus clientes-alvo.

8 – Operações e Gerenciamento: Configure as operações da sua empresa, estabelecendo processos eficientes, contratando pessoal, se necessário, e gerenciando as operações diárias.

9 – Acompanhamento e Avaliação: Monitore o desempenho do seu negócio, faça ajustes conforme necessário e avalie se está alcançando as metas estabelecidas no seu plano de negócios.

10 – Crescimento e Expansão: À medida que seu negócio cresce, considere oportunidades de expansão, seja por meio da introdução de novos produtos, da entrada em novos mercados ou da aquisição de concorrentes.

11 – Gestão Financeira: Mantenha uma gestão financeira sólida, controlando os fluxos de caixa, investimentos e lucros.

12 – Inovação Contínua: O empreendedorismo bem-sucedido muitas vezes envolve a busca contínua de inovação e adaptação às mudanças no mercado.

Nós, da Supervisão, procuraremos sempre atender ao novo empreendedor auxiliando ao máximo para que o seu sonho tenha segurança e a tranquilidade necessárias.

“Nada é mais rentável do que investir em um negócio. Porém, para ele crescer e trazer retorno, é preciso orientação no meio do caminho.”

João Kepler, Bossanova Investimentos.

Nossa equipe sempre buscará as melhores formas de atendimento, sempre tendo em vista que a ideia pensada inicialmente precisa de acompanhamento, gerenciamento e demonstração da realidade do empreendimento.

“Tente uma, duas, três vezes e, se possível, tente a quarta, a quinta e quantas vezes for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da conquista. Se você quer chegar onde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz.”

Bill Gates, Microsoft.

Rodrigo Fernandes Oliveira Contador/Sócio