Quando se quer o que não se tem: A problemática da mão de obra qualificada

Não é de hoje que as empresas encontram dificuldades na contratação de pessoas qualificadas para as vagas disponíveis, porém essa situação parece ter piorado.

Os reflexos pandêmicos ainda são sentidos nesse ponto, visto que ocorreram fechamento de empresas e, quando da sua manutenção, parte delas ainda sentem os impactos financeiros ocorridos, o que dificulta a capacidade de atrair, no aspecto salarial, pessoas com melhor qualificação. Não obstante a pandemia também trouxe mudanças relativas ao desejo de manutenção de atividades em home office, outro aspecto que altera a contratação.

Também houveram impactos de ordem psicológica e estudantil. Isso gera alterações comportamentais no ambiente de trabalho e a redução direta de qualificação no âmbito estudantil, quando se observa a diminuição e/ou a paralisação ocorrida em cursos e treinamentos.

As novas gerações já possuem alterações nos valores relacionados ao trabalho. Se antigamente um funcionário iniciava no mercado de trabalho em uma empresa, com a pretensão de aposentar-se nela, hoje a intensão está na busca de outros preceitos valorativos para o trabalho.

Ainda, o mundo acompanha a alteração comportamental, quando se adentra a questões relacionadas às redes sociais. Posto isso, a agilidade em que as pessoas passaram a se comunicar ou aos próprios vídeos curtos, com uma gama de informações e, a própria redução na necessidade de pesquisas mais aprofundadas, advinda da revolução da internet, altera o que se chama de soft skills. Neste ponto, ocorre uma redução na capacidade de resolução de problemas, adaptabilidade, resiliência, raciocínio criativo, comunicação eficaz, entre outros.

Todavia, as empresas acabam por ter que entender e aceitar que o mercado de trabalho está em (r)evolução, necessitando buscar ferramentas que possam atrair e manter talentos necessários para a manutenção sadia da empresa. E nesse ponto, não há uma resposta pronta, visto que há uma gama de setores econômicos e alterações nas diversidades, inclusive territoriais. Enfim, várias empresas, uma necessidade e grandes desafios.